A diretora da Escola da Ilha, Ignêz Pimenta, deu entrevista ao jornal Folha Vitória On-line.
Ela foi convidada a falar sobre o protocolo a ser cumprido pela Escola para a volta à aulas presenciais. Tudo de acordo com a vigilãncia sanitária.
Confira a reprodução da matéria publicada no dia 05 de agosto de 2020.
Escolas particulares elaboram protocolo e aguardam aval do governo do ES para retomar
aulas.
Sem poder receber alunos desde o dia 17 de março, em função da pandemia do novo coronavírus, as escolas particulares do Espírito Santo estão se preparando para o retorno das aulas presenciais quando elas forem
autorizadas pelo governo do Estado. Um protocolo de medidas a serem adotadas por alunos, professores e demais funcionários das unidades de ensino já foi elaborado pelo Sindicato das Empresas Particulares de Ensino
do Espírito Santo (Sinepe-ES), em conjunto com as próprias escolas, e distribuído entre as instituições.
De acordo com Ignez Martins Pimenta, diretora pedagógica da Escola da Ilha, em Vitória, o protocolo engloba uma série de medidas relacionadas ao distanciamento social, uso de máscaras, higienização, entre outras. As escolas também precisarão adotar certos cuidados com seus espaços físicos.
“As carteiras nas salas precisarão estar a uma distância de pelo menos um metro e meio uma da outra. Para isso, o número de alunos deverá ser reduzido. Caberá a cada escola definir o número de estudantes em cada sala dependendo do espaço físico que ela dispõe. Além disso, só poderão ser utilizadas salas de aulas que tenham ventilação cruzada, ou seja, as janelas e portas dessas salas precisam ficar abertas e não poderá ser utilizado o ar condicionado. O uso de uma sala também não poderá ser em rodízio. Por exemplo, se uma turma utilizar um laboratório, outra turma não poderá utilizá-lo imediatamente depois. Ele só poderá ser usado no turno
seguinte ou no outro dia, para que haja tempo para que essa sala seja higienizada”, explicou a diretora
“Também deverá haver sinalização nos pisos, nas rampas e nas próprias salas; a disponibilização de dispensers de álcool em gel em vários espaços; a utilização de tapetes sanitizantes, para a limpeza dos calçados e a
disponibilização de avisos sobre as áreas que poderão ser utilizadas e sobre a importância de se manter a higiene”, completou Ignez Pimenta.
A correta utilização de máscaras também é um dos pontos abordados pelo protocolo. “Todos deverão usar máscaras e elas deverão ser trocadas pelo menos a cada duas horas. Então os alunos deverão levar para a escola suas
próprias máscaras, em quantidade que atenda a essa exigência. Os professores e funcionários também receberão o face shield, que é aquele capacete com uma proteção acrílica para o rosto. Além disso, cada aluno deverá ter seu próprio squeezer para beber água. Outra medida é que não será permitido que um aluno leve brinquedo para a escola e nenhum material da instituição poderá ser levado para casa”, pontuou a diretora.
“Estamos tomando todos os cuidados para que esse retorno às aulas possa acontecer com toda a segurança. Estamos prezando pelo treinamento do pessoal da limpeza e do setor administrativo, para que eles contribuam na adoção de todas essas medidas. Controle é a palavra mais representativa para esse momento”, acrescentou.
A diretora ressaltou ainda a importância de haver uma parceria entre a escola e os pais dos estudantes para que haja redução no risco de contaminação pelo novo coronavírus no ambiente escolar. “Não adianta a escola se comprometer com todos esses cuidados se a família não fizer a sua parte. Se a criança ou o jovem estiver com febre, por exemplo, não pode ir à aula. A responsabilidade precisa ser mútua. Essa relação entre escola e família sempre foi fundamental e será ainda mais agora”, frisou.